- Ano: 2012
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Fotografias:Pietro Savorelli, Leonardo Finotti
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Fabricantes: Castelli, Cielo, Sannini Impruneta, Secco Sistemi
Descrição enviada pela equipe de projeto. O local é cercado pelas colinas de Chianti, cobertas por vinhas, entre Florença e Siena. Um cliente culto e criativo tornou possível a busca, através da arquitetura, pela valorização da paisagem e do ambiente como expressão da potência cultural e social do lugar onde o vinho é produzido.
Os aspectos funcionais, portanto, tornaram-se uma parte essencial de um roteiro de projeto centrado na experimentação geo-morfológica de um edifício entendido como a mais autêntica expressão de uma simbiose desejada e uma fusão entre cultura antrópica, o trabalho do homem e seu ambiente de trabalho e natural. A construção física e intelectual da vinícola tem laços profundos e é enraizada a terra, uma relação tão intensa e sofrida (também em termos econômicos), quanto fazer a imagem arquitetônica esconder-se e misturar-se a esta terra.
O objetivo do projeto foi portanto, a fusão entre o edifício e a paisagem rural; o complexo industrial parece ser parte do último graças a sua cobertura, que foi transformada em uma parcela de terra cultivada com videiras, interrompida ao longo do contorno por dois cortes horizontais que introduzem luz ao edifício e fornecem uma vista da paisagem aqueles que estão no interior através da construção imaginária de um diagrama.
A fachada, para usar uma expressão típica de construção, portanto estende-se horizontalmente ao longo do declive natural, passeia pelas videira, que, juntamente com a terra, formam a "cobertura do teto". As aberturas ou cortes revelam discretamente o interior subterrâneo: as áreas de escritório, organizadas como um mirante acima da barricada; e as áreas onde o vinho é produzido, dispostas ao longo do piso inferior; e as áreas de engarrafamento e armazenamento, ao longo do piso superior. O coração isolado da adega, onde o vinho amadurece em barricas, transmite com sua escuridão e sua sequência rítmica das abóbadas terracota, a dimensão sacra de um local escondido, não devido a qualquer desejo de mantê-lo fora de vista, mas para garantir a condição termo-higrométrica ideal para a maturação lenta do produto.
A leitura do corte arquitetônico do edifício revela que o arranjo altimétrico segue tanto o processo de produção das uvas que descem (como se por gravidade) - a partir do ponto de chegada, até os tanques de fermentação na abóbada subterrânea - quanto o percurso dos visitantes, que, ao contrário, ascendem desde o estacionamento até a adega e as videiras, através das áreas de produção e exibição a imprensa, a área onde o vinsanto (vinho italiano para sobremesa) é envelhecido, até finalmente chegar ao restaurante e ao pavimento que conta com um auditório, o museu, a biblioteca, áreas para degustação de vinhos e pontos de venda.
Os escritórios, áreas administrativas e escritórios executivos, localizados no nível superior, são transcorridos por uma sequência de court internos iluminados por orifícios circulares espalhados por todo o teto-videira. Este sistema serve também para fornecer luz para a pousada e moradia do zelador. Os materiais e tecnologias evocam a tradição local com simplicidade, coerentemente expressando o tema de naturalidade estudado, ambos no uso de terracota e na conveniência de se usar a energia produzida naturalmente pela terra para arrefecer e isolar a vinícola, criando condições climáticas ideais para a produção de vinho.